Augusto Cury

Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Deficiente visual se torna pedagoga e ensina braile em biblioteca


E por que Filó tem que pegar duas conduções? Ela é aposentada, mas sai da Imbiribeira e segue para a Biblioteca Pública do Recife, no Parque 13 de Maio, Centro da Cidade. Na seção de braile, ela ensina de graça o método de leitura e escrita dos deficientes visuais a 15 alunos. “Primeiro, eu ensino as letras – “A”, “B”, e “L” – depois eu vou formando palavrinhas com aquelas letras”, explica.
“Eu apenas preciso que alguém me dê um espaço. Se não dê, eu vou correr atrás”, diz a aluna Edjane Lima. “Estamos unidos, de mãos dadas, rumo à inclusão social”, emenda seu Cícero.
O enfrentamento do problema para Filomena começou aos 15 anos de idade, quando ela teve a oportunidade de ir a um médico especialista, que a encaminhou para o Instituto dos Cegos, onde a mesma descobriu o braile. “O que eu queria mesmo era estudar, ter uma vida igual as outras pessoas. Aí, comecei a viver a partir desse momento que comecei a estudar. Fiz minhas séries muito rápidas porque eu tinha vontade de vencer”, lembra.
A ansiedade deu lugar a uma vida de conquistas e aos 32 anos Filomena entrou na faculdade de Pedagogia. “Comecei a andar sozinha com essa bengala que eu chamo do meu olho. Conseguir estudar em classe regular a partir da 4ª série. Mas eu sempre queria mais, então, fiz a educação especial, fiz pós-graduação na área de visão e mental”, conta.

da Redação do pe360graus.com

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