Augusto Cury

Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

domingo, 7 de setembro de 2008

Médicos não querem acordo


Reunidos, na noite de ontem, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE), os médicos rejeitaram por unanimidade a proposta do governo do estado e decretaram a paralisação dos serviços a partir de hoje. O procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, Aluísio Aldo da Silva Júnior, pediu que a categoria avaliasse uma proposta de estabelecer um prazo para que pudesse buscar "ajustes" na proposta, mas a esmagadora maioria dos 140 médicos presentes rejeitou a concessão de novo prazo. Ao final, o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Antônio Jordão, teve aprovado o encaminhamento de que ficasse para cada profissional decidir se aguardaria o prazo de 30 dias para entrega dos cargos ou faria isso de imediato.
Fechado o posicionamento pela paralisação e entrega dos cargos, a assembléia cedeu espaços a encaminhamentos. Segundo o presidente do Simepe, diante da perspectiva de médicos receberem intimações de delegados, não haberia necessidade de atender nem a primeira, nem a segunda, deixando para comparecer na terceira, acompanhado de advogado do sindicato. "Se algum médico for preso, vamos todos para lá em solidariedade", conclamou Antônio Jordão, quando um médico acrescentou: "Paramos tudo!".
Segundo o Simepe, a maioria dos 400 profissionais que entregaram os pedidos de exoneração, considerada o "coração do movimento", completa o prazo de 30 dias hoje, não havendo problemas para entregar os cargos. O advogado Mauro Feitosa ocupou boa parte do início da assembléia, aberta às 20h35, fornecendo esclarecimentos. O foco das perguntas feitas pelos médicos era sempre sobre os riscos e a forma mais aconselhável de deixar os postos de trabalho. Houve até quem perguntasse como profissional em férias ou licença deve entregar o cargo ou se o governo poderia mandar retornar ao serviço. A entrega deve ficar para depois das licenças e férias e o governo não pode convocar esses profissionais, embora possa cancelar licenças e férias não concretizadas, esclareceu o advogado.
O presidente do Simepe fez um alerta para que os profisionais envolvidos no movimento - são seis mil no serviço público estadual - se preparassem para enfrentar os ataques à posição de confronto da categoria.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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