A greve dos servidores da saúde contra uma Lei do Governo do Estado que transfere para as fundações privadas a administração dos hospitais públicos chegou, nesta terça (23), ao seu segundo dia.
E mais uma vez muitos pacientes com consultas marcadas ficaram sem atendimento no ambulatório do Hospital Getúlio Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, no Recife. A situação mais dramática é de quem vem do interior.
A estudante Marta Rodrigues veio de João Alfredo, a cerca de uma hora e meia do Recife. Ela na se conformava com a recusa em ser atendida e chorava muito. “Eu sinto muita dor de cabeça. Ontem, eu já tive dois sangramentos e mandaram eu vim pra cá”, disse a paciente que levaria os exames para a avaliação de um neurologista.
Já Alexandra disse que, há três meses, esperava pela consulta com o especialista. “Acho isso um absurdo”, reclamou.
Enfermeiras e técnicos de enfermagem permitem que entrem no ambulatório apenas aqueles pacientes que vão fazer revisão de cirurgia ou troca de sondas. Casos como o de seu Severino, que precisa mudar a sonda urinária uma vez por mês.
Apesar da insistência, dona Marina Atividade não foi atendida pelo médico. Ela sofre de uma doença degenerativa e veio de Machado, a quase duas horas do Recife, para ser consultada. “A viagem foi perdida”, lamentou.
A Secretaria Estadual de Saúde disse esperar que os servidores voltem ao trabalho para não prejudicar ainda mais a população.
da Redação do pe360graus.com
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