Augusto Cury

Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

sábado, 2 de agosto de 2008

19 anos de saudades de Luis Gonzaga


Por Anderson Melo/ TV Asa Branca

“ Quando olhei a terra ardendo, qual fogueira de são joão. Eu perguntei ao Deus do céu, ai: Porque tamanha judiação?...” Ao ler essas frases da música “Asa Branca”, não há como não lembrar daquela figura vestida com um gibão de couro e tocando sanfona, contando e cantando os causos nordestinos. Há 19 anos, morria o Rei do baião.

Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu em Exu, Sertão do Araripe, cidade pernambucana a 630 km do Recife, no dia 13 de dezembro de 1912. Teve contato com a música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e festas religiosas. Aos sete anos já pegava na enxada para ajudar na renda familiar. Nas horas de folga, ouvia com atenção os sons tirados da sanfona pelo pai, e com dez anos já animava sambas ao lado de Januário, em vários terreiros do Sertão do Araripe.

Durante a adolescência, gostava de tomar banhos de rio, das caçadas, dos animados dias de feira e o sonho de um dia entrar para o bando de cangaceiros do capitão Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Quando passou a morar no sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais disposto a comprar uma sanfona nova. Em 1939 deixou o exército e seguiu para São Paulo. Atuava também em cabarés da Lapa e festinhas, além de tocar na rua passando o pires para recolher o dinheiro.

Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “ Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.

Em 1940 começa a apresentar-se em programas de rádio como calouro, nos programas de: Silvinho Neto e Ari Barroso, apresentando um repertório estrangeiro, foi muito criticado e satirizado, um início muito difícil e sem êxito até o dia em que um grupo de estudantes cearenses comentou que ele deveria se voltar para as músicas do sertão Nordestino. Iniciando-se assim a mais sólida trajetória da música popular brasileira.

No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz. Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85.


Conheça o site oficial de Luiz Gonzaga

Fontes: www.reidobaiao.com.brwww.reidobaiao.com.br

www.mpbnet.com.br

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