Augusto Cury

Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Conselho denuncia saúde pública de Pernambuco à ONU


O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco encaminhou hoje à Comissão de Direitos Humanos das Organizações das Nações Unidas um documento que denuncia o genocídio em Pernambuco. De acordo com o Cremepe, o alerta à ONU foi um apelo para que as autoridades internacionais venham ao estado conhecer de perto como está o serviço de saúde pública oferecida à população e apresentem novas perspectivas e ações.
Segundo o presidente do Cremepe, Carlos Vital, informar aos órgãos internacionais foi mais uma tentativa para reverter o quadro do serviço público. “O último final de semana culminou com a superlotação do Hospital Getúlio Vargas e nas duas únicas emergências cardiológicas públicas do estado, o Hospital Agamenon Magalhães e o Procape”, disse Carlos Vital. “Pacientes enfartados aguardavam a possibilidade inexistente de um leito, largados na rampa de acesso ao hospital”, denunciou.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Antônio Jordão Neto, disse que existe um déficit de três mil leitos no estado. Só no Recife faltam 426 leitos de UTI. “Precisamos muito mais que o dobro desse número”, contou Antônio Jordão. Atualmente, segundo o Simepe, existem menos de 400 leitos de UTI em todo o estado. Esse total, somado aqueles que ocupam os hospitais privados passa de quinhentos.
Além de denunciar a calamidade na saúde pública de Pernambuco, o sindicato lembra também que o acordo salarial entre médicos e o Governo não foi fechado, e exigem melhores condições de trabalho. “A partir do cinco de setembro os médicos começarão a entregar os cargos”, disse Jordão. Ainda segundo o presidente do sindicato, todos os profissionais que vão se desligar das unidades são especialistas de cirurgia geral e vascular, urologia, traumatologia, clínicos e pediatras. Nesta segunda-feira (18), os cardiologistas devem entregar a carta de demissão.

“Queremos que os médicos diaristas recebam um salário de R$ 3,4 mil e os plantonistas de R$ 5 mil. Não aceitamos desigualdade salarial entre os profissionais. E além disso, exigimos um cronograma de melhoria para a assistência à saúde”, disse Jordão.

Por Edilson Segundo, da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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