Augusto Cury

Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

sábado, 15 de novembro de 2008

Aperto para pagar o 13º


Rosa Falcão // Diario

A falta de crédito no mercado pode bater no caixa das empresas na hora de pagar a folha do décimo terceiro salário. O alerta é do economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, que sugere a criação de linhas específicas de crédito para dar um alívio financeiro neste fim de ano. Com o crédito para capital de giro escasso e caro está difícil para as empresas captarem recursos junto aos bancos para bancar as despesas extras com pessoal. Em especial as micro e pequenas empresas que planejam menos e podem ter um aperto maior para fechar a folha extra de dezembro. Vale lembrar que o volume de R$ 78 bilhões estimado pelo Dieese para circular na economia com a gratificação natalina é que vai garantir as vendas e o consumo no fim do ano.
Castelo Branco diz que sazonalmente os meses de novembro e dezembro impactam nas contas das empresas, com as despesas de décimo terceiro. A particularidade deste ano é o desdobramentoda crise financeira internacional. Com medo da inadimplência, os bancos fecharam as torneiras e, mesmo com a redução do compulsório, estão mais seletivos na boca do caixa. Para o economista, as medidas anunciadas pelo governo federal foram insuficientes para o dinheiro voltar a circular na economia. "A dificuldade de caixa das empresas será maior para honrar os compromissos com os fornecedores e pessoal", pontua.
O economista lembra que os recursos do décimo se transformam em demanda e para o dinheiro entrar na conta das pessoas tem que vir do meio financeiro. Sem querer provocar alarme, Castelo Branco diz que o governo poderia se antecipar, criar linhas específicas para o financiamento da folha do décimo e, dessa forma, o dinheiro voltaria a aparecer. "Anunciaram que vão adiar prazo para o pagamento de tributos, mas faltam medidas normativas da Receita Federal e do Ministério da Fazenda para mudar o calendário de pagamento dos tributos e dar mais folga às empresas para fazer face às despesas do final do ano", argumenta.

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