Augusto Cury

Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Com juros altos, bancos só querem emprestar ao governo, diz professor


Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O Brasil precisa equilibrar o descompasso que se verifica no momento entre a política fiscal, que está correta, e a política monetária, reduzindo os juros, de forma a estimular o setor produtivo.
A recomendação é do economista José Luiz Oreiro, professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasilia (UnB). Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional. Para ele, a taxa de juros anual, a Selic, deveria ter sido reduzida em um ponto percentual, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), há duas semanas, e não mantida em 13,75% ao ano.
"Teria sido um estímulo importante para a economia interna" defende o professor, ao argumentar que "enquanto isso, nos Estados Unidos, a taxa de juros já caiu para 0,5% e o Banco Central Europeu, que sempre foi bastante conservador na questão, também vem reduzindo substancialmente a taxa" para os países da região.
Para o professor, os bancos comerciais brasileiros deveriam voltar a fazer empréstimos ao setor produtivo, mas "num clima de incerteza, com juros muito altos, só acham interessante emprestar ao governo. Só com o equilíbrio coordenado entre as políticas fiscal e monetária é que o país poderá chegar a um crescimento de 4% em 2009".
A decisão de reduzir juros foi a primeira medida mais importante tomada pelos Estados Unidos ante a crise financeira, lembra o economista. Segundo ele, as reduções começaram em um momento em que a crise ainda não está mostrando seu lado real, o que só vai acontecer nos próximos meses, embora já esteja acontecendo queda no nível de consumo da população americana.

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